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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Parabéns São Luís, pelos 399 anos

 







 
Terra dos Tupinambás, dos franceses, dos holandeses, portugueses e Africanos escravos.
Tupinambás, tribo indígena que habitava a Ilha, em perfeita paz, e harmonia com a natureza.
Franceses, que, em homenagem ao Rei menino francês, LuisXIII, deram à Ilha de Upaon-açu, o nome de S. Luís.
Holandeses, bravos conquistadores que aqui se instalaram, e por aproximadamente 3 anos permaneceram.
Portugueses, responsáveis pela colonização desta nação e desta    Ilha, apesar de D. Ana Joaquina Pereira, ou Ana Janssen. Sua fama de desumana, contudo,  nos proporcionou bons contos e lendas, que contamos aos visitantes franceses, que aqui chegam em busca da França Equinocial
Aos holandeses, que encontram também sua história gravada  em avenidas, que se andar um pouco descobre a dos holandeses.
Aos portugueses, que ao chegar aqui caminham em ruas calçadas  com pedras de paralelepípedos, vindas de Portugal, e andando um pouco, mais,   descem e sobem escadarias e andam em ruas estreitas ladeados por prédios, com suas exuberantes sacadas e recobertos por azulejos. Se parar pra conversar, ouvirá contos da patrícia Ana Janssen, de suas crueldades, das assombradas carruagens em noite de lua cheia e de mulas sem cabeça, e ainda sobre os poços, onde escravos eram jogados. E mais tarde num clima mais descontraído ouvirão  engraçadas (pra nós), ”piadas de português”
Aos africanos, povos sofridos, cuja historia se parece às vezes com a nossa, mas, a eles, agora livres sem correntes, sem chicotes, sem senhores ou Capitães do mato.. .bom, a eles, devemos fazer uma breve homenagem, não por pena, por terem em sua história o registro de patrícios que foram pegos na marra, tirados de suas  famílias, acorrentados e obrigados a viajar durante meses em porões de Navios, e aqui serem recebidos como animais de carga, sem nenhum prestígio e com serventia somente de tralhar para enriquecer aos senhores, que sem dor e sem piedade os massacrava. Nossa homenagem, é sim, pelo que representam como cultura, com suas danças, e crenças, estória de bravuras dos seus antepassados, que, mesmo sem liberdade e distante dos seus, ainda, nas senzalas à noite, aos som dos tambores, dançavam e cantavam suas tristezas. A eles, que aqui chegam e que, em todos os becos, ruas e escadarias podem ver o resultado do trabalho do seu povo, que aqui participaram da mistura das raças.
Hoje, São Luís, é terra de todos. Não de brancos,  de índios, ou negros, mas de Homens e Mulheres, os que aqui moram ou chegam a passeio, e  que,  com dignidade ajudam a cultivar nossa história e construir um verdadeiro progresso humano.
São Luís...cidade que me acolheu, aos 14 anos de idade, que me ensinou e me proporcionou muitos motivos para o despertar da vocação de registrar momentos, através de uma lente fotográfica. Mas que, inspirado pelo barulho das ondas do mar, também escrevo, ou simplesmente paro diante de tua beleza e da beleza das pinturas, das esculturas das toadas e versos...dos artistas, que mesmo diante de tanto desequilíbrio e desigualdade social, ainda pintam, cantam e escrevem sobre o lado intocável que tens...tua história.
Parabéns São Luís.

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